O ato de se perfumar está presente em todos os cantos do mundo. Diariamente, bilhões de pessoas utilizam-se de diversas fragrâncias, para realizar distintos afazeres, como ir ao trabalho, encontrar com amigos, momentos de lazer ou por puro bem-estar pessoal. Porém, você já se perguntou de onde, quando e como esse hábito surgiu? Segundo sua etimologia, a palavra perfume deriva-se do latim per fumum, quer dizer ‘através da fumaça’, per (através) e fumum (fumaça), sendo que os mais antigos cheiros que conhecemos são os aromas das fumaças que exalavam da queima de madeiras, especiarias, ervas e incensos.
Mesopotâmia, Pérsia e Egito são citados como os berços de nascimento da perfumaria, sendo creditado a uma mulher da Mesopotâmia Babilônica, chamada Tapputi, o título de primeira criadora de um aroma manipulado da qual se tem notícias, utilizando-se de mirra, óleos e flores para tal feito. Cerca de 4.000 anos a.C, no ápice da civilização egípcia, diversos rituais, cerimônias religiosas, ritualísticas e fúnebres utilizavam diversos aromas em tudo, principalmente para adoração de variados deuses e na prática das mumificações.
Já por volta de 650 a.C, a Babilônia Mesopotâmica tornou-se o maior centro comercial de perfumes de sua época. Com a dominação de Alexandre O Grande, os perfumes também acabaram chegando na vida dos gregos. Na Pérsia, a perfumaria era extremamente admirada, sendo utilizada como um símbolo de status político, tanto é que, nos quadros pintados dos monarcas persas, os vidros com suas essências favoritas estavam lá representados. Com a dominação da Grécia e do Império Romano sobre a Pérsia, o perfume passou a ser altamente consumido, o que ajudou muito na expansão da perfumaria no mundo, passando a ser considerada como uma forma de arte.
Foi mediante esta expansão da perfumaria no mundo que, durante o século XII, em Paris, o perfume começou a crescer comercialmente, dando início a esta gigantesca indústria que alcançou o seu apogeu no século XX e que só se expande na atualidade.
Para efeito de curiosidade, o primeiro perfume ‘moderno’ foi criado pelos húngaros, no final do século XIV, exclusivamente feito para o uso pessoal da Rainha Elizabeth da Hungria, ficando conhecido por toda Europa como “Água Húngara”. Foi o primeiro perfume feito com uma solução de álcool misturado com óleos perfumados, majoritariamente de ingredientes naturais como o alecrim e tomilho.
Vinícius M. Tonin é publicitário, pós-graduado em Direção de Arte em Comunicação, apaixonado por perfumaria, relojoaria e jogos digitais.