Multifacetado, ele é um nome que se destaca no cenário político da cidade e que merece ser acompanhado

Acredite. Dos 5570 municípios existentes no Brasil, Santo André acaba de trazer para casa – pela segunda vez consecutiva – o prêmio IBVG de Gestão Pública, que avalia os melhores gestores do País, reconhecimento, aliás, já feito a grandes nomes da política nacional.

Incontestavelmente, o responsável por este feito é Pedro Luiz Mattos Canhassi Botaro, por aqui conhecido como Pedrinho Botaro, que desde que assumiu a presidência da Câmara Municipal andreense vem realizando uma gestão moderna, eficiente, transparente e mais próxima da população. “Desde o início de 2019, quando fui eleito para presidir a Câmara pela primeira vez, me comprometi a colocar em prática um novo jeito de administrar, onde novos conceitos seriam aplicados, como, por exemplo, o uso das novas tecnologias”.

A partir de então, a Casa só tem somado, ou melhor, acumulado exitosos programas que, pela segunda vez, desaguaram nesta importante premiação, outorgada pelo Instituto Brasileiro de Verificação de Gestão, Desempenho e Opinião. Só para citar alguns, a de Santo André foi a primeira Câmara do Grande ABC a ter a Escola do Legislativo. “Criamos a Procuradoria da Mulher, a Ouvidora Legislativa, os novos canais de comunicação; modernizamos o sistema de votação em plenário; criamos um sistema próprio de compilação e consulta das leis do município; ampliamos o programa ‘Teletrabalho’, gerando qualidade de vida ao servidor e economizando recursos; recebemos o Selo de Combate à corrupção do Tribunal de Contas da União e estamos implantando o Selo de Integridade Pública da Uvesp (União dos Vereadores do Estado de São Paulo).

E a lista vai longe. Mas, o fato é que em quatro anos de gestão, a Câmara Municipal economizou cerca de R$ 65 milhões, montante esse que retornou para a Prefeitura, e consequentemente para a população, por meio de investimentos em diversos setores. “Acredito que todas essas medidas de austeridade contribuíram para o reconhecimento da nossa gestão e a conquista do prêmio IBVG por dois anos consecutivos”, diz.

Andreense, jornalista, casado com Eloá Canhassi Botaro desde 2017 e pai de Pietro, de dois anos, o fato é que quem conhece Pedrinho Botaro sabe também do outro lado do vereador, que se candidatou pela primeira vez aos 21 anos, porque sonhava em mudar o mundo, por meio da política. “Eu creio que é um verdadeiro instrumento que muda a vida das pessoas. Eu cresci fazendo trabalho social com o grupo de jovens da Igreja, e em especial, com as pessoas em situação de rua”.

Hoje, 17 anos depois, e na gestão da Câmara de Santo André já por quatro anos, Botaro afirma que percebeu que é possível, sim, mudar o mundo. “Fizemos isso aqui, tanto nas ações da Casa, quanto na aprovação dos bons projetos do prefeito Paulo Serra”, frisa ele que, mantendo seu ‘lado B’, continua atuando na Pastoral da Comunicação da sua paróquia – Nossa Senhora do Paraíso – onde está desde 2005, e até hoje participa e conduz programas de rádio voltados para o público católico. “São essas experiências que me deram – e dão – força para tornar a Câmara de Santo André mais transparente na comunicação”.

Prestes agora a ‘passar o bastão’, Botaro diz que ao término do seu mandato sente a sensação de dever cumprido. “A Câmara tem protagonismo na cidade. Tornou-se jovem, acessível, moderna, mas, sobretudo, mais humana. Tenho certeza que o vereador Carlos Ferreira, meu sucessor no comando da Casa, vai dar continuidade aos projetos e fazer um excelente trabalho”.

Da Redação

É um balanço e tanto, mas, em rápido resumo, nestes quatro anos foi criado o aplicativo da Câmara para consulta e acesso aos processos e implantado o novo site com acessibilidade e consulta às pessoas desaparecidas; modernizados e revisados os atos administrativos, o Regimento Interno e a Lei Orgânica; implantado o programa de estágios para estudantes universitários e, a partir de 2023 será implantado o programa ‘ABC Aprendiz’ em convênio com o Rotary Club; modernizado e recuperado o prédio do Legislativo com novas tecnologias; cortado o número de assessores comissionados e feita a reclassificação do funcionalismo público, com as diretrizes para o plano de carreira; feitos cursos para alta performance do funcionalismo; implantado ainda o projeto ‘Câmara sem Papel’, com a tramitação de todos os processos para a forma virtual (entre 2019 e 2022, o consumo de cópias e uso de papel do tipo A4 caíram mais de 60%) e implantado o projeto ‘Câmara 2030’, por meio das ODSs (Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis), diretrizes instituídas pela ONU que têm por meta o desenvolvimento sustentável em diversos setores da sociedade, partindo de quatro principais dimensões: social, ambiental, econômico e institucional. “Já implantamos várias na Câmara”, diz ele, que no seu mandato enquanto vereador teve aprovada a lei municipal da Semana da Vida; criadas as Campanhas “Maio Furtacor” – que trata a saúde mental materna; ‘Luto Parental e Maternal’ e ‘Maio Amarelo’ – que visa à segurança no trânsito; a instituição da ‘Semana Lixo Zero’, e ainda, apoiado e fomentado o Dia Mundial dos Pobres e as entidades assistenciais da cidade, em especial a FEASA – Federação das Entidades Assistenciais de Santo André.

Segundo Botaro, ao longo de todo este período talvez o maior desafio tenha sido trabalhar por bons resultados, com jeito novo de fazer política e visão das novas práticas implementada em diversas ações. “O mais difícil foi mudar a cultura da organização, e fizemos isso. Trabalhar com plano de metas, inteligência emocional, perfil comportamental, economicidade, transparência e agilidade nos atendimentos e processos foram aspectos dessa grande mudança que fizemos aqui. Além disso, me preocupei em tornar a Casa do verdadeiro diálogo, independente das disputas ideológicas, respeitando o ser humano. Enfim, o mesmo que Paulo Serra fez na Prefeitura, em relação às gestões passadas.

Mais números
*Em 2021, a Câmara teve a maior economia de recursos públicos dos últimos seis anos, conseguindo encaminhar para a Prefeitura cerca de R$ 24,5 milhões. “Tanto em 2020, quanto em 2021 foram destinados R$ 3 milhões do Legislativo para a Prefeitura, que, por sua ve, destinou o montante exclusivamente para ações de combate à covid-19.

*Na pandemia foi a Câmara do ABC que mais realizou sessões, pois rapidamente foram implantadas as sessões virtuais, que atreladas ao sistema ‘Câmara sem Papel’ aconteceram pela internet, inclusive nos departamentos administrativos. As transmissões foram feitas pelo canal do YouTube, criado nesta gestão.

Botaro conta que neste período a Câmara buscou olhar também para as novas necessidades. “Em 2021 fizemos a acessibilidade para a população surda do nosso município, implantando o site acessível através do V-Libras e da interpretação das sessões ordinárias e solenes através das LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais)”.

Em tempo: por conta de todas estas ações, o vereador recebeu também duas vezes o Prêmio ‘Santo André Excelência em Gestão’, avaliado e oferecido pela Secretaria de Desenvolvimento do município.

A trajetória…
Como já dito, Botaro lembra que tinha um sonho de mudar o mundo por meio da política, já que desde muito cedo percebeu que uma das suas missões enquanto cristão era cuidar das pessoas e lutar pelo bem comum. “Durante a minha juventude trabalhei atendendo pessoas em situação de vulnerabilidade social e em situação de rua. Encontrei na política uma maneira de fazer mais do que já fazia e ao mesmo tempo cumprir meu chamado, exercendo a minha vocação espiritual de cuidar das pessoas. Neste processo, uma pessoa muito importante para mim foi o bispo Dom Nelson Westrupp, hoje bispo emérito da Diocese de Santo André. Ainda muito jovem ele me disse que eu iria exercer o meu sacerdócio dentro da política. Ele estava correto”.

Enfim, por conta desta precoce compreensão, Botaro foi candidato aos 21 anos, obtendo 1.897 votos, ocupando as primeiras suplências do partido. Depois em 2008, com 3.417 votos e em 2012 com 3.897 votos, foi primeiro suplente. “Assumi a cadeira em 2010 por dois meses, o que me ajudou a conhecer o Legislativo. Retornei em 2016 com 5.163 votos, e em 2020 com 5.713 votos, sendo o mais votado da cidade”, explica, informando ainda que durante essa jornada foi assessor de imprensa na Prefeitura de Mauá e na Assembleia Legislativa de São Paulo; diretor de Cultura e Secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo de Santo André e diretor dos Parques Urbanos na Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, ao lado do grande amigo Bruno Covas, ao mesmo tempo em que seguia com seus programas de rádio e o trabalho que desenvolvia na Igreja. “Este trabalho continuo fazendo. A rotina é cansativa, mas não posso deixar de exercer a minha fé por conta da vida pública. Afinal de contas, muito do que sou hoje devo à igreja e a todos que acreditam e partilham do mesmo propósito que o meu. Como político cristão utilizo os ensinamentos para dialogar com as comunidades, independente se forem católicas ou evangélicas. Creio que a prática do bem comum está enraizada em nós e devemos colocá-las no Poder Público”, ensina.

… e a vida em família
Aqui abrimos um parêntese para Eloá, a esposa, que conta uma linda história sobre os dois, que se conhecem desde que tinham seis, sete anos de idade, filhos de pais amigos, atuantes na Igreja Nossa Senhora do Paraíso. Cresceram, ora mais próximos, ora mais distantes, mas jamais imaginaram que um dia poderiam ficar juntos, ou no limite: casar. Mas foi o que aconteceu em 13 de maio de 2017, dia do centenário da aparição de Nossa Senhora de Fátima.

Do casamento tiveram dois filhos – Pietro e Miguel, “este, o bebê anjo que perdemos com oito semanas”, diz ela, que publicitária por profissão, e bancária por um certo período, acabou dando uma guinada na vida por conta da avassaladora experiência que teve com amamentação, e pior, com o baixo retorno na qualidade profissional, o que refletiu muito em sua própria saúde e nos primeiros meses de desenvolvimento do bebê. “Foi em meio a tanta dificuldade que fui estudar, comecei a dar dicas e ajudar amigas próximas, percebi que gostaria de fazer algo com propósito. Me tornei consultora, com o que trabalho hoje, ajudando mães a garantirem leite, que é vida, para seus bebês.

No mais, sua rotina se divide entre Pietro, a casa e o trabalho, “tentando sempre correr e equilibrar todos os pratinhos”, diz ela, com bom humor.
Botaro completa. “Deus nos preparou para formarmos uma família. Ela é quem mais sofre no dia a dia, pois as tensões, preocupações e agenda batem na nossa porta todos os dias. Tenho dois filhos. O pequeno Miguel virou um anjinho aos três meses de gestação, e ele me incentivou a criar a campanha do luto parental. Só quem vive uma perda gestacional sabe o que ela significa. O Pietro é nosso sonho. Comunicativo demais, ele entende e participa da minha vida pública. Mas em casa eu sou o pai, dedico horas de qualidade à educação dele. É comum eu trabalhar o dia todo e chegar em casa às onze da noite e ainda jogar bola, brincar e dar banho. A Elô é mãe e pai algumas vezes, mas sempre que saio de casa, digo a ele que é por uma boa causa: cuidar da nossa cidade”.