A Prefeitura de Santo André vai ampliar para 60 mil o número de árvores na cidade e trocar 14 mil espécies inadequadas por outras recomendadas para a área urbana. As medidas fazem parte do Plano Municipal de Arborização Urbana, anunciado nesta terça-feira (16).
O plano tem por objetivo diagnosticar a situação das árvores presentes em vias da área urbana da cidade, quantificar o real estado desses indivíduos arbóreos, além de incrementar e qualificar o plantio e a substituição dessas vegetações, melhorando a prestação de serviços ecossistêmicos e minimizando problemas. Pelos próximos 30 dias, uma consulta pública ao documento completo estará à disposição no site da Prefeitura.
Segundo o prefeito Paulo Serra trata-se de uma política pública importante e muito simbólica. “A cidade sempre teve uma linha de arborização, mas este plano está sendo construído em sintonia com a questão da mudança climática que temos enfrentado. Isso é produto da nossa ida à COP28, a primeira vez que a ONU abriu a palavra para as cidades poderem expor seus projetos e ouvir, trocar experiências, onde pude dar uma palestra falando das nossas medidas com relação à cidade resiliente. Várias soluções e discussões que ainda não chegaram ao Brasil como política pública a gente consegue antecipar e trazer para Santo André. Uma delas é relativa à arborização”, pontuou.
Santo André tem 39.531 árvores em zona urbana, de acordo com o Cadastro Arbóreo do Departamento de Manutenção de Áreas Verdes (DMAV). A distribuição, no entanto, não é igual por toda a cidade. Além disso, há 14 mil árvores inadequadas na malha do viário andreense. Por conta disso, estes indivíduos vegetativos serão trocados.
No fim desta fase de execução, projetada para ser realizada em até 15 anos, a ideia é alcançar 60 mil árvores em vias públicas da cidade – tanto em calçadas quanto em vagas verdes, confluências de vias e micro florestas em sobras de lotes públicos – e ainda substituir as 14 mil de espécies inadequadas.
O processo de plantio vai começar pelo segundo subdistrito, no Parque João Ramalho. Cada bairro tem um diagnóstico específico no planejamento da arborização, dependendo da situação dos passeios. Haverá preferência por espécies nativas da Mata Atlântica, fitofisionomia da região e ser de pequeno ou médio porte. Vale ressaltar que munícipes não podem realizar particularmente este processo em vias públicas. É necessário solicitar, via canais de atendimento, avaliação de um técnico e autorização.
| Foto: Helber Aggio/PSA