Figura das mais ativas e reconhecidas na região, empresário paranaense, ligado à construção civil, é laureado com o título de cidadão andreense.
De coração ele é andreense há décadas. Mas, foi numa solene cerimônia realizada mês passado, na Câmara Municipal de Santo André, que o empresário Paulo Antonio, por iniciativa da Dra. Ana Veterinária foi laureado com o título de cidadão andreense, coroando sua vida e trajetória onde construiu sua história.
Nascido em Prudentópolis, no Paraná, município de tradição ucraniana, Paulo Antonio ainda criança veio com sua família para São Paulo e logo em seguida para Santo André, onde cresceu, estudou e se casou.
Dono de um currículo invejável, o empresário fez parte, como colaborador da equipe do prefeito Celso Daniel, no projeto Santo André 2020, que resultou na criação do Consórcio Intermunicipal do ABC. Esteve como delegado regional do Conselho de Economia, representando Santo André e o ABC e atuou ainda como integrante do Conselho Fiscal do Banco do Povo de Santo André.
Casado com a andreense Deisi e pai de Paulo Alexandre (Paulinho), Daniel e Andrea, todos também nascidos em Santo André, Paulo Antonio atualmente é membro do Conselho Superior da ACISA e secretário do Rotary Club Santo André. Não bastasse, fundou e preside há 17 anos a Construtora Paddan – ícone da construção civil na cidade, se estendendo para a região – e hoje, um grupo composto de cinco empresas, o empresário tem se destacado em paralelo – e especialmente – pelas inúmeras atividades beneficentes que desenvolve em várias vertentes, reconhecido que é pelo trabalho voltado à garantia de benefícios para pessoas e várias ONGs da cidade.
Portanto, o título de cidadão andreense é, no mínimo, uma justa homenagem.
DA REDAÇÃO
Paulo Antonio concluiu o colegial no Colégio Américo Brasiliense, cursou Ciências Econômicas na Fundação Santo André, onde também fez pós-graduação. Foi professor universitário na mesma instituição; no IMES – Universidade Municipal de São Caetano do Sul – e na Universidade Mackenzie e fez mestrado e doutorado em Administração de Empresas na Fundação Getúlio Vargas, além de doutorado em Marketing no IMES.
Trabalhou na Ciba-Geigy (atual Novartis), e tempos depois, ao ser convidado para assumir a presidência da companhia em diversos países como Argentina, México, África do Sul, Portugal e Ucrânia, não aceitou, uma vez que a carreira internacional seria incompatível com a realização do objetivo de, um dia, vir a ser empresário em Santo André.
E é importante explicar o porquê da recusa. Segundo conta, bem antes disso ele já sonhava em ser construtor, sonho este que começou três meses após o casamento com Deisi, ocasião em que o casal iniciou seu projeto de vida: a construção civil. “E foi ela quem tocou as obras de construção de empreendimentos sem condomínio, enquanto eu continuava a levar minha vida como executivo da multinacional”, diz ele, frisando que, com o passar dos anos, foi fundada a empresa Paddan. “Aliás, o nome é a conjugação das iniciais de Paulo, Alexandre, Deisi, Daniel e Andrea. Ninguém progride sozinho e a Paddan evoluiu muito graças à atuação e comprometimento e dedicação da minha esposa e filhos, que, inclusive me dão conselhos. Além disso, temos uma família maravilhosa que foi adicionada com a adorável presença das noras Ana Lúcia e Carol, do genro Diego e dos netos Alice, Isabela, Maria, Danielzinho e Gabriel”, detalha o avô coruja.
A trajetória
Desde a fundação, a empresa já construiu diversos prédios nesta cidade e atualmente está erguendo três empreendimentos englobando Santo André e São Bernardo do Campo. “Temos ainda dois projetos aprovados e outros em fase de aprovação”, diz ele, lembrando que, apesar de a Paddan ter somente 17 anos, a família atua há décadas no segmento. “Nesta trajetória passamos por diversas crises devido à inflação elevada e juros exorbitantes, que tornavam difíceis a obtenção de créditos aos compradores de imóveis. A constante volatilidade da política econômica nacional com os constantes planos, como Cruzado, Bresser, Verão, Collor I, Collor II, Real etc, tornavam difícil fazer planejamento a médio e longo prazos, que é uma das características do empreendedorismo.
Diversas crises externas também contaminaram a economia brasileira e consequentemente os negócios. Tivemos período em que praticamente todas as empresas de construção civil do País tiveram em torno de 40 % de devoluções de imóveis adquiridos na planta e com isso várias empresas saíram do mercado”, recorda o empresário, frisando que, apesar dos momentos críticos, conseguiu sobreviver. Hoje, além de Santo André, a Construtora também atua em São Bernardo do Campo, com empreendimentos robustos.
O lado social…
Neste aspecto, Paulo Antonio faz questão de ressaltar que é uma satisfação participar juntamente com a Paddan, da esposa e dos filhos, de diversas entidades de filantropia, principalmente de Santo André, com destaque para contribuições à Fundação Rotary e a entidades comandadas pelo Rotary Club de Santo André. “Atuei durante dois anos como diretor da Casa da Esperança de Santo André e fui presidente por quatro anos, tendo conseguido a obtenção de verbas parlamentares e de doações de ONGs. Com o apoio da Diretoria, do Conselho de Curadores desta entidade e da Prefeitura de Santo André, a Casa da Esperança iniciou convênios com a Fundação do ABC e com o SUS, que promoveram a grande transformação desta entidade”.
Mas, ele foi além. Atuou como diretor da APAE de Santo André e atualmente está como membro do seu Conselho Deliberativo. Na Casa de Apoio às Crianças com Câncer do ABC da Casa Ronald atua como vice-presidente; participa com contribuições para o Médicos sem Fronteiras, na entidade Passos Mágicos de apoio educacional a jovens, além atuar no projeto Empresários do ABC contra a fome. Anualmente, em épocas de Dia das Crianças, Páscoa e Natal, contribui para a alegria das crianças de Santo André e de Franco da Rocha.
… e o imobiliário
Quanto ao mercado imobiliário em Santo André, e sobre suas previsões para os próximos anos, Paulo Antonio diz que nos últimos tempos, a cidade tem apresentado uma participação em torno de 70% das construções civis do ABC. “Isto demonstra a vitalidade que esta cidade está tendo e que deve continuar. Com a expectativa de redução da taxa de juros, com a maior dotação de créditos para este setor e com melhorias salariais, a previsão é de que para os próximos anos a construção civil continuará a ofertar novos empregos, contribuir para a redução do déficit habitacional existente, elevar a contribuição social em forma de pagamentos de tributos e benefícios aos empregados e auxiliar no crescimento do País. Existe a necessidade de se ampliar a oferta de moradias à população de menor poder aquisitivo”, frisa.
Já, quanto à importância da construção sustentável no contexto atual, o empresário é categórico. “Creio que cada empreendimento deve oferecer alguma vantagem tanto competitiva quanto de benefício aos futuros moradores, inclusive melhores condições de acessibilidade. Porém, cada vez mais existe também a preocupação com a construção sustentável no seu total e sim, consta dos objetivos da Paddan a construção de imóveis que de fato reduzam os impactos na natureza, com total respeito ao meio ambiente”.