Obrigado, querido amigo(a) leitor(a), pelo feedback da edição passada. Incrível quantos vestiram a carapuça do ‘Moita’. Sinceramente espero que não vista a do ‘Mala’, mas a análise vai ser sua. Então, conforme o prometido, vamos falar um pouco sobre os ‘malas’.
– Até que enfim, Claudinei, você vai escrever a meu respeito.
– Calma, meu amigo, antes de qualquer coisa há necessidade de se fazer uma classificação para ver onde você se enquadra se é que se enquadra em alguma delas.
– Como, Claudinei, quer dizer que você já quer me passar para trás. Na outra edição você afirmou que eu sou um ‘mala’ e agora você já tem dúvidas e quer saber se eu me enquadro ou não.
– É, parece que você faz questão de demonstrar que é um ‘mala’ mesmo e, pela sua insistência, já começo a acreditar que você deve ser promovido a ‘container’.
– Sabia que já iria começar com os palavrões e ofensa à minha pessoa.
– No seu caso acho que deve ser considerado elogio, mas, antes que você me interrompa novamente, deixe-me seguir com o artigo.
Muito bem, todos nós, alguma vez na vida, já devemos ter nos defrontado com alguma pessoa ‘um tanto quanto inconveniente’, conforme “alguém” que conhecemos.
– Pára aí, Claudinei, esse alguém não sou eu não, né?
– Não, de jeito nenhum (risos).
– Já que não sou eu, explique o que é uma pessoa inconveniente.
Pois bem, vamos exemplificar alguns casos.
1) É ‘moita’, com certeza. O moita é sempre inconveniente.
2) O ‘moita’ é sempre um ‘mala’, mas a recíproca nem sempre é verdadeira.
3) O ‘mala’ costuma chegar nos lugares sem avisar e sem ser convidado.
4) Em uma roda de conversa, ele sempre quer se sobressair, contudo, com colocação totalmente fora do contexto.
5) Ele faz questão de não ouvir direito para poder mandar você repetir.
6) Quando conta uma história ela é sempre interminável.
7) Se tiver na porta um aviso ‘entre sem bater’, ele faz questão de bater e não entrar.
8) Cuidado quando recebê-lo em sua casa pois, quando menos esperar ele estará no seu quarto e, se facilitar, deitado na sua cama.
9) Abrir a geladeira, nem se fala.
10) É sempre o dono da verdade, mas esta é sempre uma mentira.
11) Cuidado quando sair com ele para uma noitada: sempre esquece a carteira ou o talão de cheques está vazio.
12) Temos os ‘Fora de Série’, que são os bajuladores ou puxa-sacos, os políticos em época de campanha, os vendedores em geral e sem contar os que, para te agradar, te cumprimentam com um terrível aperto de mão ou aquele famoso tapinha que te quebra as costas.
Claro que não podemos esquecer daqueles que fazem questão de falar alto em público, não ter modos à mesa e, principalmente, não tirar o dedo do teclado do celular.
– Poxa, Claudinei, a lista é grande mesmo, você esqueceu daquele motorista de final de semana ou que tem ‘complexo de fusqueta’, que comprou um fusca velho, pôs tala larga, abriu o escapamento e anda devagar na pista expressa, ou pior ainda, o que transforma o seu carro numa grande caixa de som.
– Obrigado, esse realmente é um ‘mala sem alça’.
– Mas, Claudinei, será que eu sou tudo isso?
– Com certeza não, parece também que a sua ansiedade acabou e você percebeu que eu quis te poupar no início do artigo.
Agora vamos à classificação para ver onde você se enquadra:
Leia as 12 alternativas e faça a sua análise.
Até você é um …
2……………………………………………………………… Nécessaire
4……………………………………………………………… Frasqueira
6……………………………………………………………… Mala
8……………………………………………………………… Mala sem alça
10…………………………………………………………… Container
12…………………………………………………………… Hamburg-Süd
– Claudinei, o que é Hamburg-Süd?
– É uma companhia que transporta containeres.
– Poxa, eu não tinha atentado nisso, a coisa é brava mesmo, vou começar a pensar bem antes de abrir a minha boca ou fazer alguma coisa.
É isso aí, meu amigo leitor. Muitas vezes passamos despercebidos de quão importantes somos e não entendemos o porquê de não conseguimos agradar a todos e em certos casos até criamos situações de antipatia.
Claro que nossa intenção – com este artigo e o da edição passada (O Moita) -, não é julgar ninguém, mesmo porque desperdiçamos muita energia quando fazemos qualquer tipo de julgamento, mas, sim, alertar para que nos policiemos quanto ao nosso comportamento perante o próximo. Acredito que, assim, todos viveremos melhor.
Pense nisso e um forte abraço.
Claudinei Luiz