– O que é isso, Claudinei? Inércia! Que nome mais esquisito, será um novo bicho ou mais uma de suas “invenções”?
– Nada disso, querido amigo, que tem me acompanhado nesta trajetória de “invenções” ao longo desses 28 anos, mas adentramos o mês de fevereiro com novos governos, muitas mudanças aguardadas e nada melhor para aproveitarmos o momento e saber que, para acompanhar as mudanças, também temos de mudar. Na realidade nunca inventamos nada, apenas procuramos transformar a maneira de explicar o que na maioria das vezes já é fato notório para todos nós, como o título que encabeça o nosso artigo desta edição.
– Quem nunca ouviu falar da Dona Inércia?
– Ah! Já sei, Claudinei! Você se refere àquela sua vizinha?
– Claro que não! Refiro-me às aulas de Ciências quando então estudávamos as propriedades de matéria, lembra-se? Inclusive já falei dela em outro artigo.
Pois bem, vamos .recapitular: inércia é a propriedade que um corpo material possui em conservar o seu estado inicial de repouso ou de movimento, ou seja, se ele estiver parado a tendência é ele continuar parado e se em movimento continuar em movimento, até que algum agente externo interfira.
– Poxa, Claudinei, você já está complicando, prefiro a sua vizinha.
– Não estou não. A inércia é a grande responsável por termos que usar cinto de segurança no carro, porque quando ele freia a tendência de nosso corpo é seguir na velocidade que estava. Está claro?
– Sabia que alguém era responsável por este transtorno!
– Sim, transtorno, mas que pode salvar a sua vida.
– Ok, Claudinei! Você já deu aula de Ciências, mas o que tem a ver tudo isso com a mudança?
– Ótimo, parece que você pegou o gancho, pois tem tudo a ver.
Na realidade, nossas vidas estão sujeitas a alterações a cada segundo e elas podem ser causadas por agentes externos ou por nós mesmos, como costumo dizer, de dentro para fora.
Entender o processo e estar preparado para ele é o mesmo que estar dirigindo com o cinto de segurança, porque nunca você será apanhado de surpresa.
Infelizmente, a maioria das pessoas vive em estado de inércia e para mudar necessita de um empurrão ou que alguma fatalidade aconteça, que são os famosos agentes externos que o Universo nos envia. Perceba que se você estiver à mercê dos ventos não poderá reclamar do porto em que ancorar; poderá ser bom ou ruim. Contudo, se você programar a sua rota, as possibilidades de atracar no lugar desejado serão bem maiores, sem sombra de dúvida.
– Mas, como fazer isto?
– Primeiro devemos assumir a atitude mental que as mudanças estão acontecendo independentemente de nossas vontades, e que é utópico pensarmos que tudo que é sempre será, da mesma forma que nunca pisamos em um mesmo rio pela segunda vez.
– Claudinei, parece que eu já li tudo isto em outros artigos seus, inclusive em um que trata da Zona de Conforto. Estou certo?
– Absolutamente certo. Parabéns, parece que você realmente tem acompanhado nossos artigos, mas observe que aqui também ocorreu uma mudança, pois no final estou dizendo a mesma coisa, mas de outra maneira. Assim mesmo você tem razão, seria redundância repetir que para mudar nós temos que sair da zona de conforto e para isto temos que mudar nossos paradigmas, a visão que temos da realidade, enfim, passar a olhar também para o branco e não apenas o preto. Claro que estou sendo repetitivo, afinal o aprendizado se faz por meio de repetições, mas agora que relembramos a “arte de mudar” vamos responder o “por que mudar”?
Há um ditado que diz que em time que está ganhando não se deve mexer, mas esta premissa está longe de ser verdadeira, talvez o fora no passado; no entanto, com a velocidade dos acontecimentos e informações do século 21, quem persistir em fazer o mesmo no mundo competitivo em que vivemos está fadado ao fracasso. Temos que mudar, pois, caso contrário, outros o farão na sua frente e quando você se der conta não poderá mais alcançá-lo; por isso, a ordem é ficar esperto e não esperar que alguém lhe diga ou que façam por você, pode ser que o resultado não seja o esperado.
Vá em busca do que você quer, ouse fazer, aproveite a energia fortalecedora do ano que se inicia e arrisque, pois assim você estará ajudando o Universo em seu processo de transformação e ele com certeza retribuirá a você. Em caso de dúvidas, lembre-se sempre da célebre frase: “é melhor fazer alguma coisa e errar do que fazer nada e acertar”.
Parafraseando o presidente Kennedy: “não espere o que o País possa fazer por você, mas sim o que podemos fazer pelo País”. Portanto, mãos à obra.
Um forte abraço e boas mudanças
Claudinei Luiz