-Espera aí, Claudinei! Você quer dizer agora que mentir é uma arte?
– Bom, meu querido amigo leitor. A propósito, aproveito para agradecer a você por sua participação, respondendo à nossa pesquisa, e também por escolher este editorial, entre as boas matérias que a revista traz. Mas, vamos lá falar um pouco sobre mentira, aliás tema que sempre procuro explorar no mês de abril. Por que será?
Desta feita não será diferente, haja vista ter recebido solicitações para escrever dicas de como viver melhor, num mundo de intempéries que parecem nunca terminar. Para tanto, e respondendo à sua pergunta, mentir não é uma arte, mas saber mentir sem dúvida é uma arte, principalmente no contexto que passamos abaixo e que faz parte de meu livro Vivendo Melhor – Dito, Redito e Pouco Aprendido.
Então se você não sabe, aprenda a mentir:
“Parece que todo mundo quer aprender a ser um pouco mais “mentiroso”. Pois bem, amigo leitor, aqui vai um pouco mais sobre a “arte de mentir”:
Você sabia que o nosso cérebro vive o aqui e o agora e que ele não sabe distinguir o que é certo e o que é errado, bom e ruim, mentira e verdade? Ele processa as informações através do que ele capta do meio ambiente pelos cinco sentidos, é o que passa a constituir o seu modelo de mundo, ou seja, suas crenças e valores.
O que é importante você entender é que quando o nosso cérebro se comunica com o meio ambiente, ele o faz através de uma representação interna e uma fisiologia, as quais, por sua vez determinam um estado mental e, este, o seu comportamento.
– Poxa, Claudinei, agora você “fundiu” a minha cabeça.
– Calma, parece complicado mas não é, e vou exemplificar: se você está deprimido, com certeza a fisiologia do seu corpo será cabisbaixo, correto? Experimente erguer a cabeça e ficar com o corpo ereto e veja como a depressão parece desaparecer.
Sentiu? É aí que eu quero chegar, basta assumir uma fisiologia de quem está se sentindo bem para que o cérebro possa interpretar da mesma forma, e automaticamente ativar o seu estado. Quer melhor mentira do que esta?
Bem, aqui vai outra: sorria, mesmo que você esteja triste. Seu cérebro não sabe a diferença e a partir do momento que você assumir a fisiologia de quem está feliz ele passa a liberar a beta-endorfina, substância chamada “química da felicidade”, e de fato você passa a se sentir melhor.
Quando você acordar pela manhã, vá em frente do seu espelho e diga uma porção de mentiras a ele, tais como: “eu me amo”, “sou muito feliz”, “estou em paz com a vida”, “ou sadio” e por que não escrever a sua história de vida da maneira que você gostaria que fosse e não como é?
Imagine-se com 80 anos de idade e que você está escrevendo um livro contando sobre como foi a sua vida. Como você ainda não chegou lá, coloque no livro tudo aquilo de bom que você quer que aconteça na sua vida, escrevendo de forma como se já tivesse acontecido. Pode exagerar à vontade, lembre-se que agora você é um grande “mentiroso” e, embora possa não acreditar em nada disto, o seu cérebro não sabe se é verdade ou mentira.
O seu futuro ainda não está escrito, você o fará. Crie-o agora escrevendo a sua história de vida e com certeza você estará vivendo melhor.
Claudinei Luiz