A intuição do coração de uma mãe não falha! Você já deve ter ouvido esta frase, não é mesmo? Ela tem fundamento sim, pois o instinto materno é uma garantia suficiente da verdade. Por isso, as mães precisam sim prestar atenção em seus sentimentos, pois elas sabem quando a criança precisa de ajuda.
Quando uma mãe desconfia que algo não vai bem, ela precisa agir e o primeiro passo é levar o seu filho a um médico especialista. Um neuropediatra ou um psiquiatra infantil pode, por meio de exames e da avaliação neuropsicológica, diagnosticar e sanar as dúvidas que surgem na cabeça dos pais. Além disso, ele prescreverá o melhor tratamento em terapias e, se for o caso, remédio.
Mas, os pais precisam saber que, independentemente da idade, os marcos de desenvolvimento como fala, atenção, sono, entre inúmeros outros fatores, devem ser avaliados. Com a avaliação é possível fazer um plano de intervenção e colocá-lo em prática por meio de terapias. Elas ajudarão o seu filho a se desenvolver mais e, consequentemente, minimizar os sintomas.
Sabemos que, em muitos casos com crianças menores, o diagnóstico pode tardar. Isso porque alguns sintomas aparecem de forma sutil, o que dificulta a identificação até mesmo em adultos. Além disso, quanto mais leve for o autismo, mais difícil é de diagnosticá-lo. Além disso é importante que os pais saibam que os médicos especialistas podem diagnosticar o autismo (TEA) mesmo sem a criança ter todos os sinais. Isso acontece porque cada ser é único e nem todos apresentarão as mesmas características devido à amplitude do espectro.
Também é importante saber que independentemente do grau do transtorno, é necessário que a criança seja acompanhada por profissionais especializados, mesmo que o médico não FECHE O DIAGNÓSTICO. Por isso, sugiro que após levar seu filho aos especialistas, o leve ao psicólogo, de preferência especialista em análise do comportamento aplicada, que poderá ajudar a criança com estratégias e motivações.
Mas, atenção pais e mães, não percam tempo. Não esperem o médico dar um diagnóstico e busquem intervenção. As terapias vão ajudar toda a família.
Thainara Morales é pedagoga, pós-graduada em psicopedagogia clínica e institucional, pós-graduada em análise do comportamento aplicada, com MBA em gestão de pessoas, liderança e psicologia positiva, mestranda em neurociências e proprietária da Clínica Arte Psico